6 de outubro de 2005


A PALAVRA É DE PRATA



O SILÊNCIO, DE OURO

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tudo imóvel - as horas nem respiram
num segundo a humanidade toda cala a boca
como se vendo através de vidraça fosca
o olhar de olhos que nunca viram

tudo em silêncio - o tempo parou para ouvir-se
perdida a memória, o real fica absurdo
qualquer coisa é a conclusão de tudo
o que se disse e o que não, agora diz-se


Marcos Prado (1961-1996)

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